quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Valsa silenciosa


Tem horas que eu queria sumir do mundo. Desaparecer totalmente como as estrelas ao amanhecer do dia.
Queria evaporar pra qualquer outro lugar onde não houvesse ninguém, ninguém mesmo, nem aqueles que eu mais amo.
Estou me sentindo assim agora: sem rumo.

Há momentos que eu preferiria que minha vida esgotasse por aqui mesmo, que acabasse o oxigênio e que minhas células não trabalhassem mais.
Eu simplesmente não existiria mais.
É isso que eu quero agora: não existir.

Me sinto vazia, perdida, desolada, afastada de quem eu realmente sou.
Não há sentido em continuar inspirando e expirando esse ar cheio de dor que arranha minha garganta e faz doer o peito.
Eu me sinto assim: sem sentido.

Sumir, correr, fugir, escapar, me perder.
Dá vontade de cair no vício, de trocar de ritmo e dançar uma valsa silenciosa.

É assim que eu me sinto agora: uma valsa silenciosa, tocada por quem nunca se viu e nunca há de se ver. Escutada por quem nunca ouviu e dançada por mim mesma. Uma valsa lenta, sem melodia, sem ritmo, sem sintonia, sem harmonia, sem som, sem nada.
(Me nego a continuar escrevendo.)

3 comentários:

Geison Sommer disse...

Oláaaaaaaaaaaaaa gabiiiiiiiiiiiiii

Bonito texto, apesar de melancólico demais, hehe

e sim, vamos dominar o mundo. é só tu acompanhar o meu ritmo que o resto vai por conta, hehehe

bjuuuu, te adoro de montão

adrianombonatto disse...

Sabe Gaby, muitas vezes já me entreguei à tristeza, muitas vezes até sem motivo nenhum. Já passei por algumas decepções, perdas de pessoas próximas e, o pior de tudo, já perdi até a esperança na vida. Mas eu comecei a perceber que, por mais que eu enchesse o peito com esse ar cheio de dor, mesmo se o ar me faltasse a dor continuava... Que o máximo que eu conseguiria era causar mais dor e tristeza. E tristeza também é contagiante. Só que diferente de você, que é mais emotiva e poética, eu sou mais racional e prático. E comecei a pensar na tristeza que a minha falta causaria nas outras pessoas, que não eram muitas não, mas eram as que eu mais me importava. Não era uma boa ideia. Ampliei a desgraça, comecei a pensar como eu me sentiria na faltas destas pessoas. Não era muito legal. Depois disso, eu consegui realmente me sentir feliz. Comecei a olhar pros meus irmãos e ficar feliz, simplesmente por eles serem meus irmãos. Comecei a dar valor aos meus amigos, próximos eu distantes, com muito ou pouco contato. Vivo muito melhor desde então. Agora minha tristeza se vai com um pouco de violão.


E mais uma vez olha eu filosofando sozinho...
Beijão Gaby!!

Unknown disse...

Já que eu nao comentei teus comentarios...
Acho interessante quando tu falas da falta que vais fazer para outras pessoas. Também já pensei muito nisso, e quando eu estava mal, achava que seria melhor que eu não estivesse mais ali e que talvez eles se sentiriam aliviados por não ter mais com o que se preocupar. Hoje não penso mais assim. Cada um tem a sua hora e não importa relmente quantos vão lamentar por ti, mas quem vai lamentar, que com certeza serão os que mais amas.

Acho que é isso... Eu filosofando com o Sr. Andriano.

beeijos!