terça-feira, 22 de junho de 2010

Revolta

Eu juro que não queria que fosse assim, desse jeito.
Mas, pouca coisa posso fazer para que isso não aconteça.
Tenho medo dos dias e das noites que virão aos poucos.
Tenho medo também daquele pequeno pássaro que sobre meu ombro pousa cantarolando pequenas cantigas de dormir.
Tenho medo que em uma dessas pequenas cantigas eu acabe dormindo para sempre.

Vocês entendem o que eu digo?
Não. Claro que não!
E se entendessem, pouco importaria, não faria diferença alguma, pois nem você, nem tu, nem ninguém pode tirar essa caverna escura que eu construi dentro de mim mesma.
Essa caverna que eu construi com a ajuda dessa vida podre e injusta que não me deixa sequer sonhar o pouco de sonho que me resta.
Essa vida que não perturba só a mim, mas aqueles que amo também...

Vivam, seus Felizes, e me deixem em paz, literalmente.
Sorriem, seus Felizes, e me deixem em paz, por favor.
Sonhem, seus Felizes, e me deixem em paz, pelo amor de Deus.


Danem-se os sonhos que eu sonhei um dia.
Dane-se a vida que vivi um dia.
Dane-se tudo que algum dia jurei ser bom para mim.

Dane-se, dane-se, dane-se.
E ponto final.

(Desculpem, foi só um desabafo. As outras postagem não são agressivas desse jeito.)